Blog destinado ao esclarecimento do que é arte terapia e sua aplicações em portadores de necessidades especiais,crianças,idosos. Uso da pintura,desenho,colagem,modelagem,dramatizações,poesia...
segunda-feira, 28 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Autismo: Manual para as famílias
“INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES PARA PAIS COM FILHOS
COM AUTISMO, EM ESPECIAL OS RECÉM DIAGNOSTICADOS.”
A Autismo & Realidade foi autorizada pela Autism Speaks a traduzir e adaptar esse “Autismo: Manual para as Famílias” e publicá-lo no nosso site. Da mesma maneira que a versão original, afirmamos que esse manual traz informações gerais sobre autismo que consideramos necessárias e especialmente úteis para as famílias cujos filhos foram diagnosticados recentemente. Apesar do documento da Autism Speaks ter passado pelo crivo de profissionais altamente qualificados e pais, e de nessa edição brasileira termos tomado o cuidado de checar as informações acrescentadas e as adaptações à nossa realidade, recomendamos que você sempre use seus próprios critérios e verifique pessoalmente cada um dos serviços e instituições listados. O Site da Autism Speaks (www.autismspeaks.org) traz muitas informações confiáveis e atualizadas sobre autismo em inglês e espanhol.
Clique na imagem abaixo para visualizar o documento Autismo: Manual para as Famílias.
terça-feira, 22 de março de 2011
A complicada arte de ver - Por Rubem Alves
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção". A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo. Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas". Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...
O texto acima foi extraído da seção "Sinapse", jornal "Folha de S.Paulo", versão on line, publicado em 26/10/2004.
domingo, 20 de março de 2011
Metendo o Bico: Biólogo brasileiro avança em possível tratamento p...

sábado, 19 de março de 2011
Meme literário -Eloisa
O amor que acende a lua- Rubem Alves

Este livro é uma coletânea de
crônicas do autor cujo tema principal é o amor.
Se você pudesse escolher apenas um livro para l
er o resto da sua vida, qual seria?
Bom esta é uma pergunta muito complicada.Cada época a gente se interessa por um tema.
Se só tivesse mesmo esta opção leria a Bíblia.
E Coragem-Chico Xavier

Indique três dos seus livros preferidos:
* O nó e o laço- Alfredo Simonetti

Nó' é o nome que damos às crises e às dificuldades naturais das uniões amorosas - brigas, medo de não sermos amados, ciúme, tédio, falta de liberdade, questões sexuais, fidelidade, problemas financeiros. Neste livro, o psiquiatra Alfredo Simonetti nos sugere como transformar 'nós' em 'laços' amorosos e duradouros.

Este livro tem como pano de fundo o fermento intelectual da Viena do século XIX às vésperas do nascimento da psicanálise. Friedrich Nietzsche, Josef Breuer, um pacto secreto, um jovem médico interno de hospital chamado Sigmund Freud - esses elementos se combinam para criar a saga de um relacionamento imaginário entre um paciente e um terapeuta talentoso. Na abertura deste romance, a Lou Salomé roga a Breuer que ajude a tratar o desespero suicida de Nietzsche mediante sua experimental terapia através da conversa. Ao aceitar relutante a tarefa, o eminente médico realiza uma grande
descoberta - somente encarando seus próprios demônios internos poderá começar a ajudar seu paciente. Assim, dois homens mergulham nas profundezas de suas próprias obsessões românticas e descobrem o poder redentor da amizade
.
*

É bem conhecido o pensamento que vale mais ensinar um faminto a pescar do que apenas lhe dar um peixe, pois assim, quando sentir fome, ele mesmo poderá providenciar seu alimento. Nós apreciamos um jantar bem preparado entre amigos, em ambiente confortável e envolvente. Mas isso é uma exceção, uma celebração. No dia-a-dia, só com trabalho e esforço conseguimos nos alimentar e adquirir independência, desenvolvendo nosso próprio caminho. Ao longo dos anos, James Hollis tem oferecido nos generosos banquetes, muitas vezes, alimentos com os quais não estamos acostumados; porém crescemos apreciando o sabor de seus alimentos, que combinam de forma inédita o doce e o amago. Dessa vez nos é oferecido algo diferente - é mais um trabalho em grupo do que uma refeição preparada. É este o Hollis que compartilha nosso barco, navegando questões sem os mapas que usamos. Ele reconhece a unicidade e o valor de cada jornada, partilhando experiências pessoais apenas para que possamos encontrar nossa própria compreensão. Este não é um livro de verdade reveladas. Mais do que isso, dedica-se as questões guiadas apenas pela intuição, persistência e energia que, tomara, cada um de nós tenhamos.
quarta-feira, 16 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Arco-Íris

sábado, 12 de março de 2011
Dicas de livros -Arte Terapia
quinta-feira, 3 de março de 2011
ARTETERAPIA COM CRIANÇAS
ARTETERAPIA COM CRIANÇAS |
Bragança Paulista |
Desde as primeiras manifestações da vida humana, utilizamos desenhos para representar nossas intenções e emoções. A arte está presente, também, em todo processo educativo. Através da arteterapia, este trabalho ganha sentido, preservando a liberdade do aluno, dando oportunidade para que ele possa se expressar. Assim, podemos verificar a importância de se trabalhar a imagem na arteterapia com crianças e adolescentes, pois uma imagem traz consigo um rico mundo de significações, que muitas vezes não conseguem expressar pela fala. Durante um trabalho com arteterapia, as imagens (inconscientes) podem ser um instrumento eficaz para orientar todo o indivíduo, elas ocupam um lugar muito importante. Ao propor um trabalho arteterapêutico com alunos, é necessário buscar o auxilio com amparos técnicos, para liberar suas angustias que se manifestam a partir de seus comportamentos e atitudes. Temos como objetivos principais na aplicação da arteterapia com crianças, resgatar o potencial criativo e imaginativo da criança, aumentando sua integração e socialização através da arte e do lúdico. Proporcionar à criança, através da arte, o direito de dizer a sua palavra, traçar o seu desenho, descobrindo o prazer e a importância da sua criação. Despertar a expressão de seus desejos e conflitos, aliviando o estresse e a ansiedade, controlando a agressividade. Desenvolver a atenção, concentração, organização e flexibilidade, fundamentais para um crescimento sadio. Aumentar a auto-estima, confiança, alegria, bem estar, disposição e prazer de viver, e assim, alcançar um estado de equilíbrio integral. Segundo Vanessa Coutinho, ”A arte é uma atividade não competitiva. É assim que deve ser vivenciada pelas crianças. Não há o mais bonito ou o mais feio, o certo ou o errado.” (...) “Educamos para a convivência, e não para o isolamento. Educamos para a cooperação, e não para a disputa. Educamos pelo prazer, e não pela desvalorização de si mesmo na comparação com os outros. ”(...) “Trabalhar com emoções e sentimentos da arteterapia ainda é pouco comum nas escolas.” |
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Recebo sempre atualizações sobre livro abordando o tema da arte terapia,então resolvi compartilhar com vocês. Alguns já li,outros ainda não....
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Já prestou atenção em seus desenhos ou rascunhos corriqueiros? Enquanto você atendendo o telefone, já se pegou fazendo algum tip...