No estudo realizado na Northwestern Memorial Hospital, pacientes com câncer relataram reduções significativas em oito de nove sintomas medidos pela escala ESAS (Edmonton Symptom Assessment Scale), depois de passarem uma hora trabalhando em projetos de artes de livre escolha.
Inscreveram-se 50 pacientes da unidade de oncologia da Northwestern Memorial, durante um período de 4 meses. A ESAS é uma escala numérica que permite aos pacientes avaliarem seus sintomas de dor, fadiga, náusea, depressão, ansiedade, vertigem, falta de apetite, bem-estar e falta de ar. Oito desses nove sintomas melhoraram - a náusea foi o único sintoma que não mudou em função do resultado da sessão de arte.
"Nós queríamos verificar se o processo criativo envolvido na arte tem propriedades curativas e de aumentar o tempo de vida. O nosso estudo provê evidências inicias do importante papel que a arte como terapia pode ter na redução de sintomas.
A arteterapia provê uma distração e permite aos pacientes focarem em algo positivo ao invés de sua saúde e também dá algo sobre o qual o paciente tem controle.
Cada sessão de arte era individualizada e os pacientes podiam escolher o assunto e o meio.
Quando os pacientes não podiam usar suas mãos ou não se sentiam confortáveis com os materiais, o terapeuta podia realizar a tarefa sob a direção do paciente ou eles podiam analisar e discutir imagens fotográficas que eram guardadas em um livro.
As sessões variavam de distrações leves a investigação de questões psicológicas profundas, disse Nancy Nainis, MA, ATR, terapeuta em arte no Northwestern Memorial Hospital, e principal autora do estudo.
"Nós ficamos especialmente surpresos ao descobrir a redução do cansaço, disse Ninis.
"Vários pacientes fizeram comentários em tom de brincadeira que a terapia os tinham energizado".
Este é o primeiro estudo a documentar a redução do cansaço como resultado da arteterapia.
"A arte oferece um meio de expressão", disse Dra. Paice.
"Ela pode ser preferível para alguns pacientes com câncer que podem se sentir desconfortáveis com a psicoterapia convencional ou para aqueles que têm dificuldade com expressão verbal".
Fonte: Journal of Pain and Symptom Management,
Um comentário:
Oi Eloísa!
A intenção era só retribuir a visita, mas eis que encontro um belíssimo trabalho até então desconhecido por mim... parabéns!
Um abraço,
Agna Farias.
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