FILMES E A ARTETERAPIA
COLCHA DE RETALHOS: A ARTE QUE CURA.
O filme lançado em 1995 nos Estados Unidos relata o universo
feminino de costureiras e suas histórias interiores e exteriores.
Finn é uma jovem que tem dificuldades de fazer escolhas que
está em um momento importante da sua vida: está prestes a se casar e acabar sua
tese de mestrado (do qual mudou de tema algumas vezes) de mulheres de
diferentes culturas que fazem trabalhos artesanais. Mas não tem tanta certeza
de que realmente quer se casar.
Diante desses momentos resolve ir para a casa de sua avó
Jaci e sua tia Gladi por três meses. Lá as 7 mulheres se reúnem por ano e tecem
uma colcha de retalhos e o tema escolhido para este ano foi "Onde Mora o
Amor", sendo um presente de todas para seu casamento.
A confecção da colcha foi arteterapeuticamente falando um
caminho saudável para aquelas mulheres reencontrem, elaborarem e assim
transformar suas histórias, repletas de símbolos e afetos vivenciadas por cada
uma.
Ao tecer a colcha as
mulheres tecem suas histórias de amores. Sua mãe passou uma imagem negativa
sobre o casamento do qual influenciou Finn a ter dificuldade, lá ela ouve
outras histórias que de alguma forma a influenciam para fazer escolhas em sua
vida e inclusive de sua própria mãe, que se arrepende da forma como pensava
sobre o casamento.
Uma das histórias permeiam ss irmãs (avó e tia de Finn) que
contam a história de traição que aconteceu quando sua avó estava passando por
um momento difícil com o marido internado se envolvendo com o marido da irmã do
qual era próximo. A irmã em atitudes de dores ao descobrir quebra vários
objetos, dos quais depois de quebrados são reconstruídos como um grande mosaico
de cacos (pedaços quebrados) nas paredes de sua casa. A colcha permitiu que
Gladi falasse, relembra-se sua dor, colocasse ali na colcha a reconstrução de
sua história e assim se livrasse dela, pois o filme mostra a irmã quebrando o
que havia construído da parede através de sua dor, mostrando que havia passado
aquela história, estava curada dela.
"Os jovens amantes procuram a perfeição, velhos amantes
aprendem a arte de unir retalhos e descobrem a beleza na variedade das
peças...". (trecho do dialogo do filme)
Houve uma ventania (representado a confusão interior que
Finn estava passando), onde sua tese toda voou, lhe deixando a opção de refazer
uma nova história ou recolher as partes dela e construí - lá de novo.
Representando sua relação de infidelidade com um jovem da cidade que lhe
oferece morangos símbolo da paixão proibida.
O símbolo do corvo também está presente na história de Ana,
mais uma bordadeira, representando a garra e a perseverança da mulher negra.
Quase chegando ao final da história o corvo retorna só que na vida de Finn com
a mesma função da história que teve em Ana, de mostrar seu verdadeiro amor, seu
noivo de que escolhe ficar.
Que alias ambas são envolvidas pela colcha mostrando na vida
dela onde o amor mora.
Compartilhando postagem de Roberta Burlamaque do blog http://arteterapiartecomterapia.blogspot.com.br
Um comentário:
Eloísa esse filme é brilhante, um recurso muito amplo dentro do campo da arteterapia.
Obrigada por compartilhar com um seus seguidores e visitantes!!!
Espero te ver no Congresso de Natal!
Grande beijo!!!
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