Blog destinado ao esclarecimento do que é arte terapia e sua aplicações em portadores de necessidades especiais,crianças,idosos. Uso da pintura,desenho,colagem,modelagem,dramatizações,poesia...
sábado, 16 de maio de 2015
ARTE-TERAPIA DO BEM: LIVROS DE COLORIR:
Psicólogo explica sobre como essa prática, auxilia e alivia
o estresse e a ansiedade, como também dos benefícios
para a Terceira Idade. Os livros para colorir chegaram
ao Brasil em dezembro de 2014 e já se tornaram febre
entre os adultos. Segundo o psicólogo Agostinho Capolari
afirma que a prática de pintar os livros já é aplicada em
tratamento de pessoas ansiosas."Nós usamos em pessoas
mais ansiosas livros como esses, quebra-cabeça com
500 peças, existem vários [procedimentos]. Agostinho
explica que essa prática também é importante para pessoas
da terceira idade. "Elas melhoram o raciocínio e ainda ajudam
no início do tratamento do Alzheimer."
Além de todos esses benefícios, o psicólogo destaca que o livro
ainda é nostálgico, porque ajuda a relembrar a época de infância,
o que traz bem estar aos adultos, ele ainda explica o motivo de
tamanho sucesso. "Você é obrigado ativar várias zonas
diferentes do cérebro”. É como se você fizesse um exercício mental.
Exercícios para o cérebro. Então você aciona novas conexões,
e isso é que gera esse benefício todo.”.
Arteterapia ajuda a superar doença
07/05/2015
FABIANE
LEITE e BERTA MARCHIORI
Folha
de São Paulo - 06/072003
Estudos
mostram que essa prática ajuda a
aliviar
a ansiedade
e
a aumentar a autoconfiança
dos
pacientes
A arte
é "uma fada que transmuta", escreveu Manuel Bandeira,
"e
transfigura o mau destino." A capacidade transformadora
e
terapêutica da pintura, escrita, música, dança e
outras
são propagadas também na medicina e psicologia.
Mas
faltava base científica para sustentar o discurso.
O
assunto foi acolhido no último Congresso Mundial de Psiquiatria,
em
2002, e estudos mais amplos já o investigam.
Os
primeiros resultados de uma pesquisa inédita realizada
pelo
projeto de arte-terapia do Instituto de Psiquiatria (IPq) do
Hospital
das Clínicas de São Paulo, por exemplo, dão força à
mensagem
do poeta. "A arte-terapia trouxe a melhora de sintomas"
,
relata a psiquiatra e arteterapeuta Carmen Lúcia Albuquerque
de
Santana, coordenadora do projeto de arte-terapia do IPq.
"Houve
transformação do conceito que as pessoas tinham delas
mesmas.
Uma mudança de identidade."
Os
dados são da avaliação dos 60 pacientes por semana
atendidos
no serviço, criado há seis anos.
Os mais
antigos foram acompanhados por cinco anos
pela
equipe.
A
análise final foi realizada por meio de entrevistas.
O
estudo, tese de doutorado de Santana, só termina no
próximo
ano.
Mas já
é possível dizer que por meio da arte pacientes
contornaram
dificuldades de comunicação, diminuíram
a
ansiedade e aumentaram a autoconfiança.
"Minha
timidez diminuiu e meu relacionamento social melhorou.
Estou
mais calmo e brigo menos, respondo menos.
Eu não
abria a boca e agora consigo conversar,
até
aconselho meus colegas", relatou um dos adolescentes
de 13 a
17 anos avaliados em outro estudo qualitativo feito
no IPq,
com 16 pacientes depressivos, coordenado pela
psicóloga
Marilia Yokota.
Segundo
ela, todos recebiam medicação havia dois anos,
mas a
melhora não era suficiente -sobravam sintomas e
sua
adaptação social era considerada insatisfatória até
começarem
a arte-terapia. "Não há paciente que não se
beneficie",
afirma Santana.
"Sinto
tudo de feliz", diz Michelli Aparecida Pereira, 12,
que faz
arteterapia na AACD (Associação de Assistência
à
Criança Deficiente) de São Paulo.
A idéia
e a prática não são novas. Freud estabeleceu as
bases
da arte-terapia no início do século passado, ao
ver na
arte uma forma de expressão do inconsciente.
Jung
iniciou a aplicação da arte como terapia.
No
Brasil, Osório César, no Hospital do Juqueri,
de São
Paulo, e Nise da Silveira, no Centro Psiquiátrico
D.
Pedro II, no Rio, desenvolveram uma série de experiências
com
pacientes psiquiátricos, como explica o livro "A Arte Cura?",
coordenado
pela psicóloga Maria Margarida de Carvalho.
Terapeuta é essencial
"Pessoas
com problemas emocionais muitas vezes não
têm
palavras para expressá-los. A expressão artística provê
essa
possibilidade. Se fazem um desenho, conseguem
comunicar
um estado da alma.
É um
fio que ajuda a entrar em contato", explica a psicóloga e
arteterapeuta
Selma Ciornai, fundadora e
coordenadora
do curso de especialização em
arteterapia
do Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo.
A arte
é o mediador que coloca em contato paciente
e
psicoterapeuta. É esse profissional a essência dessa
prática
terapêutica. Ajudará quem sofre a decodificar símbolos,
gestos,
palavras. A linguagem artística é uma ferramenta
no
processo, portanto.
Diferentemente
da arte-educação, na arte-terapia não
há
preocupação específica com a técnica, estética e
conhecimento
de movimentos artísticos. Arte-terapia
também
não tem nada a ver com terapia ocupacional
-em que
a atividade em si é o foco: por exemplo,
um
determinado trabalho manual que favoreça
a
recuperação do membro.
Ciornai explica possíveis desdobramentos do processo criativo.
"Quem
sofre de depressão tem a sensação de que não há saída.
Na hora
em que cria, há uma repercussão: quem cria na arte,
cria na
vida", afirma.
"Expressão
artística não serve só para liberar o que está doendo,
mas
também para soltar fantasias e utopias, a possibilidade de
uma
vida diferente."
A
psicóloga e arte-terapeuta Mônica Guttmann, 40,
estimula
seus pacientes a criar histórias.
Por
meio da maneira como ele constrói a
narrativa
e segundo os símbolos usados é
possível
conhecê-lo, diz.
É na
história que surgem indicações de caminhos
para
resolver o problema.
sábado, 31 de janeiro de 2015
Como se constrói a memória de crianças que vivem em abrigos?
Como se constrói a memória de crianças que vivem em abrigos?
ONG promove atividades que associam literatura à reconstrução do passado de crianças e adolescentes nessas instituições
MARINA SALLES
22/01/2015 08h00 - Atualizado em 22/01/2015 10h50
Para o casal Conchita Ferreiro e André Magalhães adotar uma criança mais velha não parecia ser um desafio intransponível. Há um ano e meio, eles acolheram em sua casa a pequena Helena. Na época, a menina tinha quase três anos e trouxe na bagagem algumas lembranças. As melhores delas, segundo a mãe adotiva, estão em um álbum produzido pelo Instituto Fazendo História no abrigo onde a pequena estava.
“Eu não esperava que fosse receber qualquer registro do passado dela na instituição. Mas aí o pessoal do abrigo nos entregou o álbum que lembra um diário. Tem fotos, legendas e histórias que contam como era a rotina da Helena. Mais legal ainda é que ela reconhece as pessoas, pergunta pelos amigos. Esse vínculo a gente procurou manter”, diz Conchita. O casal leva a filha para visitar o abrigo sempre que possível, e aprendeu a lidar com a história que antecedeu a adoção.
A memória nos abrigos
Isabel Penteado, psicóloga e coordenadora técnica do Instituto Fazendo História, afirma que recuperar a trajetória de crianças e adolescentes abrigados é uma necessidade que hoje começa a ser melhor compreendida: “Antes, chegávamos aos abrigos e a proposta parecia inovadora demais porque se tinha a ideia de que a história deles devia ser apagada. Ainda era muito forte a cultura da revelação. Agora isso é parte de um processo”.
De acordo com a juíza Dora Martins, da Vara da Infância e Juventude de São Paulo, “muitos pais adotivos se equivocam ao achar que adotando uma criança ela vai passar uma borracha na sua vida e ser agradecida para sempre por esse ato de bondade”. “O que a pessoa precisa entender é que cada criança tem sua história. Por mais novinha que seja, ela tem uma história de vida intrauterina, ouviu a voz da mãe, sentiu seu cheiro.”
Isso também vale para os casos em que a história da família biológica é sensível e mais presente. “Como começar um relacionamento se você considera esse filho como algo depreciativo? 'Ah, o filho da craqueira', por exemplo? Quem adota recebe o filho, sua história, e lhe confere um novo significado, sem desrespeitar ou anular o que passou; sem impor qualquer estigma, sem julgá-lo”, diz Dora.
Além disso, só a minoria das crianças que estão em situação de abrigamento é encaminhada para adoção. “A maioria é reinserida na família biológica ou extensa (tios, avós, primos etc) e vive nos abrigos em caráter temporário. A adoção é uma medida excepcional. Outros passam a vida toda nessas instituições e também é importante registrarem suas referências”, afirma Isabel.
No caso de Helena, a memória do abrigo foi se juntando aos poucos com as novas experiências. “No começo, fazíamos mais visitas à instituição porque eu não queria que tivesse um corte brusco entre tudo aquilo que a Helena conhecia e o que ela estava descobrindo com a gente”, diz Conchita. Com o tempo, as visitas foram se tornando menos frequentes, mas o vínculo ainda existe e as histórias permanecem. “Ela gosta de ver o álbum e ainda aproveitamos as dicas que aprendemos com ele. Compramos alguns brinquedos já sabendo que ela gostava de barulho e também sabemos desde aquela época qual a preferência da Helena quanto aos programas de TV. Hoje ela também gosta muito de teatro, tanto de ir assistir como de fazer parte das peças”, diz a mãe.
A memória nos abrigos
Isabel Penteado, psicóloga e coordenadora técnica do Instituto Fazendo História, afirma que recuperar a trajetória de crianças e adolescentes abrigados é uma necessidade que hoje começa a ser melhor compreendida: “Antes, chegávamos aos abrigos e a proposta parecia inovadora demais porque se tinha a ideia de que a história deles devia ser apagada. Ainda era muito forte a cultura da revelação. Agora isso é parte de um processo”.
De acordo com a juíza Dora Martins, da Vara da Infância e Juventude de São Paulo, “muitos pais adotivos se equivocam ao achar que adotando uma criança ela vai passar uma borracha na sua vida e ser agradecida para sempre por esse ato de bondade”. “O que a pessoa precisa entender é que cada criança tem sua história. Por mais novinha que seja, ela tem uma história de vida intrauterina, ouviu a voz da mãe, sentiu seu cheiro.”
Isso também vale para os casos em que a história da família biológica é sensível e mais presente. “Como começar um relacionamento se você considera esse filho como algo depreciativo? 'Ah, o filho da craqueira', por exemplo? Quem adota recebe o filho, sua história, e lhe confere um novo significado, sem desrespeitar ou anular o que passou; sem impor qualquer estigma, sem julgá-lo”, diz Dora.
Além disso, só a minoria das crianças que estão em situação de abrigamento é encaminhada para adoção. “A maioria é reinserida na família biológica ou extensa (tios, avós, primos etc) e vive nos abrigos em caráter temporário. A adoção é uma medida excepcional. Outros passam a vida toda nessas instituições e também é importante registrarem suas referências”, afirma Isabel.
No caso de Helena, a memória do abrigo foi se juntando aos poucos com as novas experiências. “No começo, fazíamos mais visitas à instituição porque eu não queria que tivesse um corte brusco entre tudo aquilo que a Helena conhecia e o que ela estava descobrindo com a gente”, diz Conchita. Com o tempo, as visitas foram se tornando menos frequentes, mas o vínculo ainda existe e as histórias permanecem. “Ela gosta de ver o álbum e ainda aproveitamos as dicas que aprendemos com ele. Compramos alguns brinquedos já sabendo que ela gostava de barulho e também sabemos desde aquela época qual a preferência da Helena quanto aos programas de TV. Hoje ela também gosta muito de teatro, tanto de ir assistir como de fazer parte das peças”, diz a mãe.
Fazendo Minha História
A aproximação com os principais interessados na iniciativa se dá por meio dos livros. “A leitura é a porta de entrada para falarmos da nossa própria vida”, afirma a coordenadora da ONG Fazendo História. Dinâmicas de leitura e construção do álbum são feitas por voluntários. Eles são treinados pelo Instituto e acompanham duas crianças ou adolescentes em um mesmo abrigo durante o período de um ano. Ficam uma hora por semana com cada uma delas e nesse tempo leem livros indicados para sua faixa etária e constroem o álbum de recordações.
A aproximação com os principais interessados na iniciativa se dá por meio dos livros. “A leitura é a porta de entrada para falarmos da nossa própria vida”, afirma a coordenadora da ONG Fazendo História. Dinâmicas de leitura e construção do álbum são feitas por voluntários. Eles são treinados pelo Instituto e acompanham duas crianças ou adolescentes em um mesmo abrigo durante o período de um ano. Ficam uma hora por semana com cada uma delas e nesse tempo leem livros indicados para sua faixa etária e constroem o álbum de recordações.
“Lendo um livro, a criança ou adolescente pode despertar para alguma situação pessoal e querer registrar isso no álbum. Também pode falar sobre uma festa que teve na instituição, a visita que recebeu da mãe ou a relação com os amigos.” As formas de expressão são livres e a história vai se construindo apoiada no gosto pela leitura e no conhecimento de outras narrativas.
Além das sessões com os voluntários, os abrigos participantes ganham uma biblioteca com até 300 títulos infanto-juvenis. “Instruímos os funcionários sobre como estimular a leitura, deixar os livros ao alcance das crianças e preservar o acervo.” Isso é feito sem nenhum custo para os abrigos.
Como tinha dois anos e oito meses quando foi adotada, Helena construiu o seu álbum nas sessões do programa Palavra de Bebê, voltado para crianças de 0 a 3 anos. “Nesse caso, trabalhamos somente com voluntários capacitados, seja nas áreas de psicologia, pedagogia ou psicoterapia, porque lidar com os bebês é uma tarefa mais delicada”, afirma Isabel.
O trabalho é acompanhado por dois voluntários dedicados ao mesmo grupo de bebês e são os próprios funcionários do abrigo que dão voz aos pequenos na construção do álbum de histórias. “Nos álbuns, os funcionários carimbam as mãos e os pés das crianças com tinta; colam fotos; colocam datas importantes como o nascimento do primeiro dentinho e escrevem sobre coisas que eles gostam.”
Segundo Conchita, foi no álbum que ela e o marido também descobriram que Helena chegou ao abrigo sem nome. “Lemos ali que ela era chamada de R.N. (recém-nascida) até os seis meses, e que foi durante uma visita de uma juíza da Vara da Infância que ela ganhou o nome. Foi a juíza que escolheu o nome da Helena”, diz a mãe.
No ano passado, a ONG também lançou um projeto para os pais adotivos. “Percebemos que eles sentiam falta de um espaço para compartilhar seus medos e angústias e organizamos a primeira edição do Histórias Cruzadas.” Nos encontros os pais dividem experiências, realizam atividades propostas pelo Instituto e escrevem suas histórias junto com as dos filhos. Conchita e André sempre gostaram de fazer esse exercício em casa. “Desde que a Helena chegou fazemos um álbum nos moldes daquele que ela trouxe do abrigo. Colamos fotos e contamos nossas histórias. Continuamos registrando os passos dela também.”
Como tinha dois anos e oito meses quando foi adotada, Helena construiu o seu álbum nas sessões do programa Palavra de Bebê, voltado para crianças de 0 a 3 anos. “Nesse caso, trabalhamos somente com voluntários capacitados, seja nas áreas de psicologia, pedagogia ou psicoterapia, porque lidar com os bebês é uma tarefa mais delicada”, afirma Isabel.
O trabalho é acompanhado por dois voluntários dedicados ao mesmo grupo de bebês e são os próprios funcionários do abrigo que dão voz aos pequenos na construção do álbum de histórias. “Nos álbuns, os funcionários carimbam as mãos e os pés das crianças com tinta; colam fotos; colocam datas importantes como o nascimento do primeiro dentinho e escrevem sobre coisas que eles gostam.”
Segundo Conchita, foi no álbum que ela e o marido também descobriram que Helena chegou ao abrigo sem nome. “Lemos ali que ela era chamada de R.N. (recém-nascida) até os seis meses, e que foi durante uma visita de uma juíza da Vara da Infância que ela ganhou o nome. Foi a juíza que escolheu o nome da Helena”, diz a mãe.
No ano passado, a ONG também lançou um projeto para os pais adotivos. “Percebemos que eles sentiam falta de um espaço para compartilhar seus medos e angústias e organizamos a primeira edição do Histórias Cruzadas.” Nos encontros os pais dividem experiências, realizam atividades propostas pelo Instituto e escrevem suas histórias junto com as dos filhos. Conchita e André sempre gostaram de fazer esse exercício em casa. “Desde que a Helena chegou fazemos um álbum nos moldes daquele que ela trouxe do abrigo. Colamos fotos e contamos nossas histórias. Continuamos registrando os passos dela também.”
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Coragem
Ana Jácomo
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